quarta-feira, 19 de julho de 2017

O Padroeiro dos Vilões encontra o Grande Mentor

AS AVENTURAS DE SÃO RAPOSO
O Grande Mentor



AVISO: CONTEÚDO IMPRÓPRIO. LINGUAJAR CHULO E SITUAÇÕES APIMENTADAS. TIREM AS CRIANÇAS DA SALA! (Não me processem)

OBS: ESTE TEXTO NÃO É MEU. É CONTRIBUIÇÃO DE UM ANTIGO BLOGGER QUE ATENDE POR "HOTEI". 

Jaquelino Raposo é um renomado advogado de causas impossíveis, conhecido em seu meio pela alcunha de "São Raposo, padroeiro dos vilões". 

Em sua carreira, ele já inocentou o famoso "Maníaco da Marreta", que matou dois embaixadores da ONU usando o pênis como instrumento contundente e também o "Cagador Misterioso", um criminoso conhecido por violar correspondências federais e trocar seu conteúdo por fezes embaladas num intrincado origami que afastava o cheiro até a caixa de entrega ser reaberta.

Em seu último e polêmico caso, inocentou "El Caballón" um assassino de facínoras que tinha como marca registrada atropelar suas vítimas com um cavalo. A grande questão é que São Raposo foi o último alvo de "El Caballón", que jogou-lhe o cavalo nos cornos em rede nacional, resultando na metade dos ossos do corpo quebrados. Mesmo assim, a impecável ética do advogado prevaleceu e seu cliente hoje está livre para viver como lhe aprouver. Isto aumentou a lenda do Padroeiro, tendo milagrosamente sobrevivido a tal ataque. Quando entrevistado, Jaquelino disse, em tom jocoso: "Rezei para mim mesmo, afinal, eu sou também um vilão". As portas do Vaticano já foram escancaradas duas vezes, uma pela Associação dos Contrabandistas Internacionais e outra pelo Sindicato dos Produtores de Bonecas Humanas com pedidos de "Santo Já", mas o Papa Reneguelson I decidiu não se pronunciar.

Agora, recuperado de seus ferimentos e revestido com um exoesqueleto Keite-Exo-Perrí-R66Y, Jaquelino voltou de suas férias nas ilhas Galápagos com um fantástico terno feito de cascos de tartaruga, pronto para cuidar de mais um polêmico caso: O caso do "Grande Mentor".

O Grande Mentor.

Légue Tômarróuque é um renomado professor do ensino médio, conhecido por seu jeito exótico de ensino. Inclusive, ele foi uma das inspirações para Jaquelino tornar-se advogado, ou seja, era também um caso de ordem pessoal. O Mentor estava sendo acusado de brutalizar seus alunos e expor-se de maneira sexual aos mesmos: Um prato cheio! São Raposo foi à delegacia onde o homem estava preso e pediu para ver seu cliente.

O que viu partiu o coração do bom advogado: Um homem orgulhoso, poderoso e brilhante agora reduzido à uma criatura infeliz e cabisbaixa, sentada naquela cadeira metálica de uma salinha pútrida da DP. Sentiu que precisava inocentar aquela pessoa ímpar.

-Capitão, meu capitão ;Disse Jaquelino, saudando o velho mestre.

-Oh, Jac! É você! ;Respondeu Légue, seu semblante iluminando-se num misto de alegria e volúpia; Vais me tirar desta, ó parlapatão?

-Pode contar com isto, Mestre. Nunca esqueci de suas importantes aulas.

-Depois que tudo isto acabar, posso lhe dar um curso expresso; Sugeriu a sábia figura, já com uma das mãos dentro da calça.

-Sempre muito gentil e prestativo, como eu lembrava do senhor! Mas agora, vamos nos focar no caso em mãos: O que aconteceu?

-Com os cortes no sistema, fui relegado à dar aulas de Xadrez e Artes, pois retiraram do currículo sociologia & educação moral-política, minha especialidade.

-Que terrível! Muitos dos meus clientes, criaturas soberbas, passaram por estas aulas do senhor.

-De fato, minha tortinha de creme; Referiu-se carinhosamente o educador à seu velho aluno; De fato... Então dei algumas aulas de xadrez e outras de pintura, mas por alguma razão estou aqui. Não fiz nada que não fosse para promover o intelecto dos meus alunos!

-Muito bem! Tenho total confiança nisto! Por sinal, existem filmagens das aulas, e, se não se importa, vamos vê-las aqui para sabermos com qual material vamos trabalhar. 

Após São Raposo depositar algumas notas altas no bolso do policial que vigiava a porta da sala, este trouxe uma mesa com rodinhas contendo uma televisão e um aparelho de reprodução.

-Vamos ver a primeira fita, "Xadrez", meu mentor.

Na filmagem, vinda do teto de uma sala de aula, podia-se ver alguns alunos aglomerados em volta de um tabuleiro de xadrez onde jogavam o Grande Mestre e um dos alunos.

-O cavalo anda em L; Revelava as palavras do professor no áudio da filmagem.

-Mas professor, L? :Inquiriu o aluno que jogava; Cavalo começa com a letra C, ele não deveria andar em C?

-C DE CARALHO, FILHO DA PUTA! CARALHO! 

Com isto, o mestre estapeou violentamente as peças do tabuleiro, arremessando-as em partes sensíveis dos alunos com precisão cirúrgica.

-IMAGINA UM PAU GROSSO! UM CARALHO KING SIZE, CHEIO DE VEIAS! UM PAU DE CAVALO!

O mestre pegou um dos cavalos no chão e colocou no centro do tabuleiro.

-SE TU QUERES QUE O CAVALO ANDE PRA FRENTE, SEU ANIMAL, IMAGINA O PAU CRESCENDO, DUAS CASAS!

O professor moveu então o cavalo duas casas à frente.

-ELE TAMBÉM PODE CRESCER PARA TRÁS E PARA OS LADOS, QUE O CAVALO É ARISCO E PODE BOTAR O BATOM PRA FORA DO JEITO QUE QUISER!

Assim sendo, o mestre fez os movimentos para os lados possíveis.

-POR FIM, TODO BOM CARALHO QUE JÁ SE ESFOLOU DE VERDADE É TORTO PRA UM LADO. AÍ ESCOLHE SE O PAU É TORTO PRA ESQUERDA OU PRA DIREITA.

O cavalo então é direcionado no tabuleiro em L de várias maneiras, concluindo a lição. Vários "Oooooh" foram emitidos pelos alunos em volta, que começaram a aplaudir intensamente o professor. O aluno que fez a pergunta levantou-se da cadeira, e com lágrimas nos olhos, abraçou seu educador, que prontamente levantou-lhe a camisa e lambeu-lhe o umbigo. Jaquelino deixou-se tomar por um momento de emoção e também deixou uma lágrima cair, lembrando que muitas vezes teve o umbigo lambido, uma demonstração de afeto do professor aos seus pupilos.

-Como pode ver, meu aluno ;Disse Légue, após o fim da filmagem; Não existe nada de diferente na minha metodologia.

-Sim, meu capitão. É que os tempos mudaram. Este tipo de educação tradicional não é mais aceita nas escolas, é considerada ofensiva ao desenvolvimento dos alunos.

-E o que vai ser de mim? Como vou ensinar teoria de classes sem o aluno mais rico do colégio sumindo misteriosamente? Sem a prova do liberalismo econômico, quando cada aluno deve arranjar uma criança pequena para vender na internet, ou o trabalho sobre o comunismo, onde o grupo deve trazer para a sala de aula um padre enforcado nas entranhas de um empresário?

-Posso indicar um outro advogado que trabalha nesta área, mas agora não é momento. Vamos ver a segunda fita, "Aula de Pintura".

Na filmagem, do fundo da sala de aula,  pode-se ver os alunos sentados em suas mesas, com o professor à frente do quadro, com uma tela branca posicionada ao seu lado, segurada por um tripé de madeira.

-Hoje, meus alunos, vamos aprender a pintar com tintas diferentes. Como podem ver, aqui já está uma tela pintada, é a Monalisa. Fiz ontem depois de... Assistir uns vídeos inspiradores.

Um dos alunos levantou a mão e falou:

-Mas professor, não consigo ver nada!

-É que pintei com porra. Minha porra. Agora já secou, então não dá para ver direito. Ainda vou botar uma tinta fixadora por cima, acho que merda daria um bom tom de terra. Eu trouxe uma revista de sexo explícito para me ajudar a ter tinta. Hoje, vou pintar para vocês a Capela Sistina. A primeira coisa é saber segurar o pincel... Aqui, acompanhem o que eu vou fazer com os pincéis de vocês.

A filmagem neste momento é censurada, quando O Mestre vai até suas calças mostrar o material de trabalho. Antes que os alunos sigam o professor, as janelas são quebradas por ninjas pulando para dentro do recinto, jogando bombas de fumaça. Com a névoa das bombas, pouca coisa pode ser vista além da silhueta dos ninjas brutalmente espancando o professor.

-É, professor... ;Disse São Raposo; Parece que foi uma operação armada há tempos. Os Ninjas da SWAT só são ativados em circunstâncias extremas.

-E agora, Jac?

-Não se preocupe, professor, tenho algumas ideias.

-Oh, fabuloso!

-A primeira coisa que usaremos, obviamente, é a brutalidade dos Ninjas da SWAT perante o senhor. Ninguém merece ser tratado deste jeito num ambiente de livre pensamento, como o de uma escola. Poderemos arrancar uns bons milhões do Estado com isso.

-Muito bem, poderei comprar o melhor apartamento da cadeia, talvez ser vizinho de um senador, mas isso não me faz muito feliz.

-Temos outro benefício, também: Desde que o país adotou o sistema que o filósofo Rousseau criou em seu livro "Emílio", as pessoas só recebem instrução formal a partir dos 18 anos, sendo os anos anteriores de educação bucólicos e lúdicos, o que torna todos os alunos maiores de idade. Já nos livramos de qualquer acusação torpe de exposição e violência à menores. Além disso, sendo um ambiente de temática adulta, podemos facilmente abater a gravidade das acusações.

-Estou começando a gostar disto.

-Sobre a aula de xadrez, podemos virar a mesa dizendo que o que aconteceu foi preconceito linguístico. Qual a problema de usar palavrões, gesticular de maneira selvagem e gritar? É meramente a maneira que você usou para se expressar, e todos sabem que hoje qualquer um usa palavrões e grita em ocasiões formais ou informais. Não existe nada de errado nisto! Posso citar inclusive um palestrante brasileiro, livre docente, que faz apenas isso enquanto dispara verbetes de filosofia, para ajudar no nosso caso. E, no vídeo, podemos ver claramente que a aula foi efetiva, pela resposta dos alunos. Esta acusação não passa de uma tática reacionária de abafar o seu revolucionário e tradicional método, professor!

-Raposo... Você é um gênio.

-Agora, a parte da aula de artes será um pouco mais complicada, mas acho que consigo.

São Raposo andou pela sala, ponderando, enquanto os esperançosos olhos do Grande Mentor o acompanhavam. Finalmente, disse:

-O professor já deve ter ouvido falar da Menstruarte ou da Defecarte, também conhecida como Cagarte. A Defecarte são os trabalhos feitos com fezes, sendo pioneiro o Marquês de Sade. Depois dele, muitos usaram de suas caganeiras para esculpir diversos trabalhos, inclusive criando a modalidade do banheiro, onde todos são artistas. Já a Menstruarte é um pouco mais nova, são intervenções usando sangue de menstruação para pintar. Ora, professor...

-Sim?

-O senhor é um verdadeiro pioneiro!

-Sou?

-Sim! Acaba de criar a Espermarte, a pintura com sêmen! Podemos dar outros nomes: Esporrarte, Gozarte, Ejacularte...

-Oh!

-Faremos uma arquegenealogia da Espermarte, com o sêmen usado durante o sexo para fazer desenhos na pessoa amada, uma forma de "carta de amor", ou dos desenhos em papéis, panos e cortinas, desde tempos áureos. Poderemos citar o bukkakke japonês como uma forma desta expressão! O senhor estava meramente demonstrando este inovador processo artístico, pelo meio da imortalização numa tela de pintura, e criando novas competências neste fértil campo! O que a polícia fez é censurar e silenciar uma arte já estabelecida e conhecida apresentada por um novo viés, mas sempre marginalizada na sociedade.

-Perfeição!

-Poderiam lhe acusar de machismo pelo enfoque no seu pênis, mas eu digo: Por acaso mulher não goza? Elas também, como seres maravilhosos que são, estão completamente equipadas para participar da Espermarte, e machista é quem não reconhece isto! Aliás, as contribuições delas devem ser postas em evidência! O senhor é um bastião do feminismo, isto sim!

-Meu aluno?

-Sim, professor?

-Por acaso toda esta sua "Cagarte" pela boca vai colar no tribunal?

-A lei pode ter uma interpretação levemente diferente... Mas meu trabalho é justamente fazer estas coisas colarem, como porra numa tela. Eu, também, sou um tipo de artista.

-Que maravilha ter um aluno assim!

-Eu não seria nada sem você, Capitão, meu Capitão...

Com isto, Jaquelino abraçou seu mestre, chorando copiosamente. Légue, também chorando, levantou a camisa de São Raposo e lambeu-lhe afetuosamente o umbigo.

Tempos depois, saiu o resultado:

O Grande Mentor foi inocentado de todas as acusações, processou com  sucesso o Estado e hoje vive como uma referência mundial da Espermarte.

FIM.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

CONTINHO DE TERROR

No dia de hoje, Shadows Over Rokugan e Algo Mais orgulhosamente apresenta um conto de terror.

AVISO: CONTEÚDO IMPRÓPRIO. TIRE AS CRIANÇAS DA SALA!

FACES DA MORTE

O terror.

Meu nome é Vanderguelson. Sou um homem comum, habitante de Gauderiovilla. Vivo uma vida normal: trabalho, pago meus impostos e quando posso bebo alguma coisa. Tenho meus amigos e minha gata de estimação, Fredericca St. Simon. O que estou prestes a contar mudou minha vida para sempre.

"Três e cinquenta", dizia aquela voz grotesca, macabra, que soava ser de outro mundo e que ecoava distante, como se saísse das profundezas de uma caverna. Ou do próprio inferno. Eu estava nu numa floresta de árvores distorcidas, petrificadas. O vento alísio uivava como se pronunciasse uma distante tempestade e o céu estava claro: Uma lua cheia sem estrelas. Apesar da torrente de ar, eu suava em bicas.

"Três e cinquenta", Três e cinquenta"...

A voz se aproximava. O eco não me permitia saber de onde estava vindo. Senti uma forte dor do lado esquerdo da cabeça. Levei uma das mãos ao local e vi minha palma embebida em sangue. Parecia que uma veia da minha testa havia estourado, de tanto nervosismo. Eu sentia que estava em terrível perigo.

Corri pela floresta com medo do desconhecido. Achava que as árvores moldavam formas e rostos, zombando de mim, sempre zombando de mim. Até que em determinado momento, na minha frenética fuga, tropecei numa raiz petrificada e me espatifei no chão, de bruços. A voz me perseguia.

Fiquei de cócoras. Senti um aperto nas minhas costelas. Pude ver mãos gigantes e disformes, pálidas como as de um cadáver amaldiçoado, me envolvendo num sinistro abraço. Meus olhos estavam lavados do sangue de minha ferida, estava tonto e enjoado...

"Três e cinquenta"... Sussurrou aquele demônio no meu ouvido. Era aquela criatura. Estava paralisado de terror. Eu não iria apenas morrer. Eu sabia que aquela entidade estava ali para atormentar a minha alma por toda a eternidade.

Foi quando senti uma violenta fisgada no meu pênis. Que tortura era aquela? Gritei, à plenos pulmões:

-MEU PAU!

Num pulo, sentei na minha cama. Foi um pesadelo. Acordei com Fredericca St. Simon pulando da cama, num miado agudo. Mas que gatinha arisca! Durante o sono, tinha me rasgado a testa, as costelas e a cabeça de meu membro com suas garras afiadas. Eu estava suando muito pela experiência. Prontamente, peguei um sapato do chão e arremessei na direção de Fredericca, que habilmente despareceu pela porta antes de ser acertada. Ainda zonzo, deitei-me novamente, apesar da dor, e fui acolhido mais uma vez pelo sono, enquanto repetia, de maneira monótona, como se fosse um autômato:

-Meu pau... Meu pau... Ai, ui, meu pau...

O dia transcorreu-se normalmente, com alguns curativos pelo corpo. Fui ao mercado comprar uns pacotes de macarrão instantâneo depois do trabalho. Era final do mês e tinha que me virar. Passei as compras pelo caixa e o atendente me disse:

"Três e cinquenta". Aquela voz...

Foi ali que vi. Uma cabeça desproporcional, enorme, uma aberração. Olhos bem abertos, vidrados, satânicos. Uma boca que levava à escuridão do mais podre dos esgotos. Me arrepiei até os cabelos da bunda.

-O QUE FOI QUE VOCÊ DISSE?; Disparei, gritando, sentindo uma enorme aflição no peito.

Todos pararam no mercado e olharam para mim. Sacudi o rosto e olhei mais uma vez para o caixa. Era uma doce senhora, assustada com meu surto de loucura. Um segurança já estava se movimentava na minha direção.

-Tchê...Três... com cinquenta; Ela disse, baixinho, apavorada.

Claro. Estamos em Gauderiovilla. Ninguém fala três e cinquenta, mas sim três com cinquenta. Pedi uma série de desculpas e paguei. Na saída, o segurança veio tirar satisfações comigo:

-Escuta aqui, ô puto, quem tu pensas que é?

-Me desculpe, eu me descontrolei.

-Mas vá te embora daqui antes que eu te parta a cara! Onde já se viu berrar por...

"Três e cinquenta..."

Não. Eu vi seu corpo desproporcional para a cabeçorra. Não consigo dizer ao certo como era, mas foi muito rápido. Vi que ele tinha uma espécie de placa de cor preta exposta no peito, como se tivesse sido cirurgicamente colocada ali, entre a carne. Dei um grito de pavor e me botei à correr rua abaixo. Quando voltei à mim, ainda ouvi o segurança lançando um maldizer na minha direção:

-Cuzão do caralho!

Fui para meu apartamento, tomado de medo. Sentei-me ao computador e pesquisei por horas a fio o que poderia ser aquilo. Tentei sites variados, inclusive na numerologia, era o número 8. Era o número do poder, da ambição, do sucesso. Do líder. Daquele que não se contenta de maneira alguma com um "não". Fiquei tranquilo por um momento, mas então pensei: Será que este não é o perfil deste demônio que me persegue? Um tirano que não vai parar por nada até estraçalhar a minha sanidade? Como já estava ao computador, decidi masturbar-me gloriosamente, mas ao retirar meu membro das calças, senti dor: Fredericca havia me esfolado bonito. Pensei que poderia usar da base e não tocar na cabeça e decidi prosseguir. Estava me animando com aquele festival de genitália, então passei ao próximo vídeo que tinha 3:50 de duração.

"Três e cinquenta"...

O vídeo era assombroso. Na tela, a criatura me possuía com terrível violência. Não direi mais que isso, mas vi meu rosto se contorcer, não de pavor, mas de prazer. Um prazer profano, inominável.

Vomitei sobre meu pênis, imediatamente, quando voltei ao normal. Tomei um banho. Tive que sair do apartamento, aquilo era demais. Andei pelas ruas, já ao amanhecer, sem rumo. Os prédios pareciam uma floresta de pedra... O que estava acontecendo?

Foi quando o vi. Senti meu corpo inteiro esfriar, meus pelos pubianos murchando e caindo por entre minhas pernas.

A face da morte, virando-se lentamente...

"Três e cinquenta..."

E ele virava, como se fosse uma projeção quadro-a-quadro...


Não, não... NÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOO


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA


Fim.